Membros da AfD no serviço escolar: Existe uma ameaça ao fim dos empregos docentes?
A Renânia-Palatinado está a examinar se os funcionários públicos são leais à Constituição, enquanto prosseguem as discussões sobre os membros da AfD na função pública.

Membros da AfD no serviço escolar: Existe uma ameaça ao fim dos empregos docentes?
Num relatório abrangente que abrange mais de 1.000 páginas, o Gabinete Federal para a Protecção da Constituição acusou a AfD de acções anticonstitucionais. Isto levanta novas questões sobre o futuro do partido e dos seus membros no serviço público. Na Renânia-Palatinado, há opiniões de que os futuros funcionários públicos deveriam ser controlados mais de perto quanto à sua lealdade à Constituição. Isto também poderá ter um impacto sobre os membros da AfD que já estão no serviço público, que poderão ter de contar com consequências jurídicas. Um juramento de serviço que inclua lealdade à Lei Básica e à Constituição do Estado poderia contradizer a adesão à AfD, o que alimenta ainda mais a discussão sobre a função pública dos membros do partido.
O Gabinete Federal para a Protecção da Constituição (BfV) classificou a AfD como firmemente extremista de direita, o que intensificou os debates públicos sobre a compatibilidade da filiação partidária e a lealdade à constituição entre os funcionários públicos. O Ministro do Interior, Alexander Dobrindt (CSU), observou que a adesão à AfD por si só não pode ser vista como uma razão para consequências jurídicas. Ao verificar a constitucionalidade dos funcionários públicos, é necessário, portanto, um exame de caso individual.
Verificação dos funcionários públicos e fidelidade à constituição
A situação também está a ser discutida noutros estados federais, como Hesse e Baviera, que também estão a investigar se os membros da AfD podem ser empregados na função pública. Em geral, os funcionários públicos devem observar o dever de lealdade à ordem básica democrática livre, mas não são obrigados a revelar a sua filiação partidária, a menos que sejam sujeitos a verificações de segurança.
Durante o processo de recrutamento, a lealdade dos futuros funcionários públicos à Constituição é cuidadosamente verificada. A adesão à AfD não exclui a possibilidade de se tornar funcionário público, mas os candidatos com esta adesão podem encontrar-se em grave desvantagem. Os empregadores têm a opção de não contratar candidatos que sejam membros de uma organização classificada como extremista.
Possíveis consequências para os membros da AfD
Se houver dúvidas sobre a adesão de um funcionário à constituição, pode ser instaurado um processo disciplinar. A retirada do serviço é considerada o último recurso e envolve grandes obstáculos. Para os membros da AfD que trabalham no sector público, isto pode significar que enfrentarão censura ou uma redução nos seus salários.
As tensões em torno da AfD e dos seus membros continuam a intensificar-se, à medida que os planos da Renânia-Palatinado de examinar mais de perto os futuros funcionários públicos mostram que a questão da lealdade à constituição é politicamente muito explosiva. Uma possível proibição de um partido só teria de ser decidida pelo Tribunal Constitucional Federal, e as consequências específicas para os antigos membros permanecem pouco claras, enquanto a obrigação de aderir à Constituição também se aplica aos funcionários do sector público que estão sujeitos a normas menos rigorosas.
Em resumo, parece que a AfD e os seus membros estão numa posição incerta no que diz respeito aos seus direitos e obrigações no serviço público. Os desenvolvimentos nas próximas semanas mostrarão qual será o quadro jurídico para a AfD e os seus membros.
Para mais detalhes você pode ler os relatórios de Jornal do Reno e ZDF ler.