A Alemanha depende da IA: 6.000 drones HX-2 para a Ucrânia!
O governo federal planeia implantar 6.000 drones HX-2 autónomos na Ucrânia até ao final de 2025, apesar das preocupações éticas.

A Alemanha depende da IA: 6.000 drones HX-2 para a Ucrânia!
O governo alemão está a planear um passo notável no apoio à Ucrânia: 6.000 drones de combate HX-2 deverão ser entregues até ao final de 2025. Este tipo de aeronave autónoma, desenvolvida pela empresa Helsing, sediada em Munique, já foi testada em condições reais de combate, incluindo na Ucrânia. O HX-2 é um sistema de armas elétrico e altamente automatizado capaz de detectar, decidir e atacar alvos sem a necessidade de intervenção humana. No entanto, estes desenvolvimentos levantam uma variedade de questões éticas e legais entre o público e os especialistas.
Os drones HX-2 caracterizam-se pela sua elevada autonomia e resistência à guerra electrónica. Com alcance de até 100 quilômetros e velocidade máxima de 220 km/h, o HX-2 é uma plataforma compacta e rápida. Pesa 12 kg e pode operar tanto ao nível do solo como em terrenos urbanos. O drone também está equipado com um sistema de detecção multiespectral que permite identificar com precisão veículos, pessoas e fontes de calor.
Inovações tecnológicas e possíveis aplicações
O HX-2 foi projetado não apenas para uso no conflito da Ucrânia, mas também para operações de combate modernas em geral. Ele pode operar em “enxame”, o que significa que vários drones podem se comunicar entre si e atacar de maneira coordenada. Isto é apoiado pela integração do sistema de controlo Altra AI, que permite a adaptação a novos desafios táticos através de atualizações over-the-air. A principal arma é a munição multifuncional, projetada para destruir tanques e instalações militares.
A Helsing, ativa desde 2021 e com escritórios na Alemanha, Grã-Bretanha e França, é especializada no desenvolvimento de soluções de IA para a indústria de defesa. A empresa vê-se como uma “defensora da democracia através da inteligência artificial” e quer dar aos países democráticos uma vantagem tecnológica contra as ameaças modernas. No entanto, a questão de saber até que ponto o controlo humano é mantido nestes sistemas autónomos é cada vez mais vista de forma crítica. O governo federal enfatiza que toda operação deve ser supervisionada de forma humana, mas a implementação prática dessa supervisão permanece questionável.
Preocupações éticas e perspectivas futuras
A discussão sobre sistemas de armas autónomos como o HX-2 é acompanhada de implicações éticas e legais que dificilmente foram abordadas de forma adequada até à data. Os críticos alertam que a tecnologia pode inaugurar uma nova era de guerra em que as máquinas tomam decisões mortais sem demonstrar compaixão ou responsabilidade humana. Isto poderia não só transformar a guerra, mas também alimentar a concorrência global na tecnologia de armas autónomas.
Com a implantação planeada de 4.000 drones HX-2 para apoiar a Ucrânia, a Alemanha está a assumir um papel de liderança no desenvolvimento e fornecimento de sistemas de armas controlados por IA. Ainda não se sabe se isso realmente melhorará a segurança ou aumentará o conflito.