Aniversário de Schengen: Novo Museu Europeu aborda crises e história

Transparenz: Redaktionell erstellt und geprüft.
Veröffentlicht am

Abertura do novo Museu Europeu em Schengen para assinalar o 40.º aniversário do Acordo de Schengen, que se centra nos controlos fronteiriços.

Eröffnung des neuen Europamuseums in Schengen zum 40-jährigen Jubiläum des Schengener Abkommens, das die Grenzkontrollen thematisiert.
Abertura do novo Museu Europeu em Schengen para assinalar o 40.º aniversário do Acordo de Schengen, que se centra nos controlos fronteiriços.

Aniversário de Schengen: Novo Museu Europeu aborda crises e história

Hoje, 12 de junho de 2025, o recém-projetado Museu Europeu em Schengen foi inaugurado por ocasião do 40º aniversário do Acordo de Schengen. [Stern] relata que o espaço Schengen inclui agora 29 estados nos quais vivem cerca de 420 milhões de pessoas. Os países mais conhecidos incluem Alemanha, França, Luxemburgo, Bélgica e Holanda. Mas a abertura ocorre num ambiente político tenso, uma vez que muitos estados reintroduziram controlos fronteiriços nos últimos anos para reprimir a migração ilegal.

As críticas consagradas a estes controlos fronteiriços são particularmente visíveis em Schengen, uma região que faz fronteira directa com a Alemanha e a França. A exposição no novo museu aborda os desafios e mudanças que o espaço Schengen enfrenta, com particular ênfase na crise da Corona e no seu impacto na liberdade de circulação. Segundo Martina Kneip, diretora do museu, a percepção de Schengen mudou significativamente desde a primeira exposição em 2010.

A exposição e seus pontos focais

A peça central da nova exposição é uma sala decorada com centenas de bandeiras e que exibe curtas-metragens sobre histórias pessoais de pessoas que se beneficiam com as fronteiras abertas. Elementos interactivos, incluindo um grande ecrã, fornecem aos visitantes informações sobre os países Schengen. Destaque especial para o navio histórico “Princesa Marie-Astrid Europa”, no qual foi assinado o Acordo de Schengen em 1985. Este navio regressa ao museu e será inaugurado cerimoniosamente no sábado. Porém, o cais do navio ainda não está pronto para a inauguração, portanto fica inicialmente a 200 metros de distância.

Espera-se também que o número de visitantes aumente com a nova exposição. Nos últimos anos, o museu teve cerca de 40.000 visitantes por ano, enquanto o número total de visitantes na área é estimado em pelo menos 100.000. O prefeito de Schengen, Michel Gloden, pediu o fim dos controles nas fronteiras alemãs durante a cerimônia de abertura.

Desafios para o espaço Schengen

A actual discussão sobre os controlos fronteiriços é reforçada pelo facto de muitos cidadãos da UE terem ouvido falar das vantagens do espaço Schengen pela primeira vez durante a pandemia de Corona. [Tagesschau] destaca que o Acordo de Schengen pôs fim aos controlos fronteiriços entre alguns estados há 30 anos e a livre circulação de pessoas e mercadorias é considerada uma das maiores conquistas da UE. No entanto, mais de 400 controlos fronteiriços foram comunicados à Comissão Europeia desde 2015.

Friedrich Merz, o esperado próximo Chanceler, pronunciou-se recentemente a favor dos controlos fronteiriços permanentes na Alemanha, enquanto o Comissário do Interior da UE, Magnus Brunner, enfatizou que os controlos fronteiriços só são permitidos em casos excepcionais, se os requisitos legais forem cumpridos. Pascal Arimont, eurodeputado, também vê a migração ilegal como um problema urgente que deve ser resolvido nas fronteiras externas. Existe uma necessidade amplamente reconhecida de desenvolver novas estratégias para a segurança interna da UE.

O Sistema Europeu Comum de Asilo deverá ser implementado até junho de 2026, o que poderá implicar novas medidas para reforçar as autoridades de segurança, como a Frontex e a Europol. O estado de espírito actual na Europa deixa claro que os sucessos do espaço Schengen não podem ser ignorados e continuam a exigir revisões e ajustamentos constantes.