Novo projeto de lei: A expropriação está chegando para moradias populares?

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Um projecto de lei no Luxemburgo que define a habitação a preços acessíveis como “de benefício público” está a suscitar discussões sobre a expropriação.

Ein Gesetzesentwurf in Luxemburg, der bezahlbaren Wohnraum als «von öffentlichem Nutzen» definiert, sorgt für Diskussionen über Enteignungen.
Um projecto de lei no Luxemburgo que define a habitação a preços acessíveis como “de benefício público” está a suscitar discussões sobre a expropriação.

Novo projeto de lei: A expropriação está chegando para moradias populares?

A actual escassez de habitação, especialmente de habitação a preços acessíveis, é um problema fundamental em muitos países, incluindo a Alemanha e o Luxemburgo. Um novo projecto de lei no Luxemburgo está agora a causar discussões controversas. O objectivo deste projecto é classificar a habitação acessível como “de benefício público”, o que poderia permitir a expropriação legal. O presidente da Associação de Proprietários de Imóveis, Georges Krieger, manifesta preocupação neste contexto.

O projeto de lei foi apresentado no dia 8 de maio pelo ministro Claude Meisch (DP) e permite que instituições públicas adquiram imóveis mediante remuneração. O termo “benefício público” escolhido por Krieger tem sido criticado porque cria a possibilidade de expropriações, que ele descreve como “invasão de propriedade privada”. No entanto, há esperança de que as expropriações sejam vistas como uma última opção. Krieger aponta áreas livres existentes que poderiam alternativamente ser usadas como espaço habitacional.

Preocupações com desapropriações

Krieger defende que o processo legislativo seja acompanhado de perto. Além disso, o Conselho de Estado poderia rejeitar a classificação da habitação acessível como “de benefício público”, especialmente porque o regulamento beneficia predominantemente particulares. O Ministério da Habitação até agora não respondeu às preocupações.

A situação na Alemanha não é menos tensa. Também aqui o país enfrenta uma grave escassez de habitação, que é particularmente urgente para as pessoas com baixos rendimentos. Neste contexto, o governo federal está a planear introduzir uma nova organização habitacional sem fins lucrativos que proporcionará vantagens fiscais aos fornecedores de habitação permanentemente acessível. A Ministra Federal da Construção, Klara Geywitz (SPD), comentou positivamente sobre as medidas do acordo de coligação, que visam facilitar às empresas sociais, associações e fundações sem fins lucrativos o fornecimento de habitação com descontos.

Reativação da comunidade residencial

A proposta de lei da habitação sem fins lucrativos, que faz parte da lei fiscal anual, estipula que as rendas devem ser permanentemente inferiores à renda de mercado para poderem beneficiar do benefício fiscal. Outro objetivo é que cerca de 60% dos agregados familiares na Alemanha, especialmente pessoas com baixos rendimentos, possam beneficiar destas medidas. Especialistas estimam que cerca de 100 empresas poderiam tirar proveito da nova regulamentação, que beneficiaria cerca de 105 mil inquilinos. Curiosamente, a habitação sem fins lucrativos foi abolida em 1990, mas está agora a ser reavivada no actual acordo de coligação entre o SPD, os Verdes e o FDP.

Ambos os países enfrentam o desafio de criar habitação acessível e, ao mesmo tempo, proteger os interesses dos proprietários. Resta saber como se desenvolverão os processos legislativos e se poderão realmente oferecer soluções eficazes para os tensos mercados imobiliários.

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